quarta-feira, 29 de setembro de 2010

pesquisas


Máscaras do Nô – Fantasmas e Espíritos (Onryo)
Por meninobaka

Fantasmas e Espíritos (Onryo)

Este é o tipo que retrata encarnações de espíritos e pessoas mortas. Eles incluem fantasmas do sexo masculino como Ayakashi, Yase-otoko e Ikkaku-sennin, e femininos como Yamanba e Deigan. Geralmente representam a vingança, esses espíritos são venerados como Deus, sob a crença de que, quando uma pessoa morre, a alma se torna um Deus.



Hannya (般若) - A expressão desta máscara é uma fusão de ciúme, tristeza e dor incontrolável de uma mulher. Ela tem uma aparência demoníaca com dois chifres, uma larga boca e a sobrancelha rígida. A palavra Hannya vem do sânscrito, onde seu significado de nada ter a ver com o Demônio japonês.
Trata-se de uma virtude atribuída a Buda: A Sabedoria. Existe até uma oração, a Hannya Shingô. Como amuleto, funciona espantando maus espíritos.

(cont.)
http://lifedog.wordpress.com/2008/07/24/mascaras-do-no-fantasmas-e-espiritos-onryo/

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Tarefa: Paleta de cores


Como minha máscara está baseada na cor da pele de um sapo vou trabalhar em torno dos dois tons de verde.

Essa é minha paleta individual, baseada na paleta coletiva do grupo.


Aqui está o desenho da máscara que será confeccionada a partir da pesquisa do animal.
O personagem é Lucas Joufflu.



máscara esse é o animal que escolhi para minha máscara, o sapo ou a perereca; a foto em que estou me baseando é essa abaixo; minha paleta de cores variará entre tons de verde, portanto;

segunda-feira, 13 de setembro de 2010




Comedia del'Arte e sua psicologia

Tal como toda obra, criação ou bem cultural, também a Comédia del'Arte também consiste num produto de sua época.

Através dessa arte, desse teatro, nos é possível compreender qual a imagem do homem que era refletida no espelho da arte.

Numa sociedade caracterizada pela onipresença e onipotência da instituição religiosa, os valores religiosos devem marcar o que se produz então.

No caso de uma sociedade cujos valores são os de uma sociedade judaico-cristã, o que se produz será marcado profundamente com tais valores, valores judaico-cristãos.

Ao teatro popular como a outras formas de arte e conhecimento, cabe criar uma imagem do ser humano. É nessa imagem que podemos no olhar para nos identificar, para saber em que nos tornamos.

Por mais que à cultura a função de socializar, de 'naturalizar' os valores próprios, é também a cultura que nos possibilita o distanciamento e o confronto.

Por que essa introdução? Por que os tipos criados pelo teatro da comedia del'arte ainda são uma constante em nossa sociedade, tais como os valores no seio dos quais esses tipos foram criados e hoje continuam sendo reinventados, atualizados.

Os tipos criados pela comedia del'arte consistem em tipos sociais que são criados seja positiva, seja negativamente, em função dessa cultura religiosa.

Numa sociedade judaico-cristã são valorizados o monoteísmo, uma imagem do ser humano baseada na unidade. Além disso, os valores judaico-cristãos também convergem para a criação de tipos que caracterizem tendências que devem ser evitadas pelos bons cristãos. Algumas delas são a lascívia, gula, preguiça, avareza entre outras.

Por isso o teatro foi um dos mais eficazes meios ou instrumentos de catequização utilizados pelos sacerdotes. Nele podemos ver caracterizada não apenas as tendências naturais que fazem do ser humano um ser humano, podemos visualizar também a imagem daquele que se debate com tais tendências, que as vê de fora e pode julga-las: o ser humano (cristão).

Segundo os textos pesquisados, os personagens se dividem em três categorias. São os enamorados, os velhos e os criados.

Os enamorados eram os mocinhos da história. O máximo de característica que lhes era atribuído era alguma inocência.

Os enamorados não usam máscaras, pois sua função será justamente compor um ego coletivo, o protagonista no qual o público se reconhecerá sem nenhum problema ou crise.

Há um contraste entre os enamorados e outros personagens que não usam máscaras, como as criadas, e os personagens que as usam. Estes sempre tem sua postura e gestos exagerados, marcando uma realidade nada naturalista.

Os velhos e os criados, por sua função na estrutura dramática, são personagens que usam máscaras.

A máscara simboliza a estereotipação que é característica dos personagens da Commedia.

Tanto Pantalone, como Dottore são personagens mascarados que figuram velhos. Ambos são figuras cuja erudição é satirizada.

Os criados são chamados zannis. Dividem-se em dois tipos: o esperto e o simplório, cada um operando na trama segundo tais características. O zanni mais popular é Arlechino. Com sua esperteza ingênua torna-se motor das ações que se desenvolvem na trama.

Outro zanni é Pulcinella. Tem corcunda e ventre proeminente e suas características zoomorfas, tais como nariz bicudo e voz estridente, o associam a uma ave.

É importante entender que este universo da commedia dell'arte perdura nos meios populares tais como os programas cômicos dos mass media.

Ao longo do século vinte, se o trabalho do ator, teve como base esse tipo de comédia baseada nos tipos, por outro lado também conheceu um vasto caminho na prática de desconstrução dos tipos e de um teatro baseado nos tipos. Foi a partir daí que o teatro pode contribuir como outras imagens da psique com que nos imaginarmos.

domingo, 5 de setembro de 2010


Processo de elaboração do Projeto

Acredito de fato na importância de um processo de produção organizado a partir de um processo estruturado que nos permita, aos integrantes e principalmente aos produtores da ação vislumbrarem suas etapas, sua organização, seus processos de pré e pós-produção.
No entanto, como parágrafo introdutório, proponho uma reflexão sobre o discurso competente da área. Isso porque nos meios estatais e nos setores educacionais, a prática dos projetos é implementada por decreto. Isso acaba fazendo com que o processo da produção por projetos acabe se burocratizando e o projeto se tornando uma tarefa entre outras, dificultando a produção.
O projeto pode ser importante sim, mas não podemos abrir mão dos processos intuitivos que envolvem um processo de produção. Assim, tenho observado que muitos produtores culturais almejam a profissionalização, elaborando grandes projetos, deixando a desejar quanto a sua prática, a produção.
Portanto, acredito que para o projeto tornar-se uma ferramenta útil e bem aproveitada, há que contar com produtores que já tenham se envolvido em produções amadoras, em que possam ter exercitado sua intuição no processo de produção.
É certo que o Estado promove a racionalização técnica, visando dar autonomia aos produtores culturais ao mesmo tempo em que se livra do desenvolvimento desses projetos culturais, terceirizando-os ao espírito neoliberal, bem como fazendo marketing na disponibilização de recursos a produtores culturais.
Por isso que, cada vez mais, as estruturas de projetos já pressupõem a mensuração quantitativa dos resultados, caracterizando bem esse pragmatismo estatístico da mentalidade capitalista.
Enfim, meus esforços em relativizar a importância do projeto se justificam por nosso contexto, nossa realidade em Cruzeiro do Sul. Penso que antes de necessitarmos de recursos como um projeto de proporções profissionais, precisamos vivenciar práticas amadoras, que nos possibilitem experimentar a prática do teatro.
Cabe também discernir entre duas noções de projeto: o projeto como estruturação das idéias, como organização da produção em suas características/dimensões, e o projeto como é entendido no meio escolar, como possibilidade de tornar a teoria em prática, em vivência, em experiência.
No ambiente escolar, há algo muito difícil de discernir: porque certos professores se identificam com a prática de projetos, com a proposta de tirar a aula de sua moldura teórica e transforma-la em experiência, e outros professores não?
Concluo com essa questão, porquanto ela sintetiza os conflitos do estudante perdido entre as promessas democratizantes de uma educação construtivista e o cotidiano de pragmatismo quem mantém as estruturas de relação e poder intocáveis.